quarta-feira, 17 de março de 2010

O academicismo puro desgasta o ser e a imaginação


“Penso 99 vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio: e eis que a verdade se me revela.” Albert Einstein

“A imaginação é mais importante que o conhecimento.” Albert Einstein


Desde o período da escolástica na idade média e da formação das universidades, moldadas nas bases aristotélicas, que o pensamento imaginativo e intuitivo, foi substituído pelo pensamento estrutural, ou seja puramente racionalista e empírico, isso que também a posteriori chamamos de positivismo, mudou completamente a forma de pensar do ocidente.

A rigidez e a ortodoxia acadêmica, acabou de vez enterrando a subjetividade construtiva, aquela, pela qual, o homem ao observar as “leis imutáveis da natureza” percebia de forma direta sem nenhuma teoria o princípio dos fenômenos naturais, seja a elevação das marés em função dos ciclos lunares, a observação astronômica, a medicina natural das ervas e assim em diante.

Quem nos pode garantir que toda teoria é infalível, que todas fontes são fidedignas, que toda experiência se torna numa receita de bolo? Pois é, o lugar do pensar foi substituído pelo experimentar, apurar, investigar, e assim, o acadêmico vira apenas um analista de fontes, a imaginação e a liberdade de pensar, já não faz parte do seu viver, ele tem toda uma postura que deve ser obedecida segundo as regras da academia, como se fossem verdadeiros imortais e donos da verdade absoluta, rejeitando toda e qualquer nova perspectiva que não tenha qualquer aval dos seus superiores.

As grandes idéias e invenções geralmente são frutos de pensamentos e imaginações simples, porém, são os próprios acadêmicos que acabam inserindo complexidades naquilo que é simples por natureza. Para perceber que o cosmos é um sistema perfeito e organizado, basta sentir-se parte dele.


Kadu Santoro

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