sábado, 8 de setembro de 2018

A antiguidade da Cabala


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Por Kadu Santoro

A Cabala consiste no mais antigo ramo do esoterismo universal. Encontramos as provas dessa universalidade no Egito, na Índia, na China, nas nações semíticas do oriente médio, entre os gregos e romanos, assim como nos povos ameríndios da América Central e até nas ilhas do Pacífico. Essas evidências nos levam à hipótese de que a Cabala devia ser praticada pelos habitantes da antiga civilização da Atlântida, e através deles essa cultura teria sido disseminada aos quatro cantos do mundo pelo mar, como na hipótese dos argonautas do deserto defendida pelo pesquisador judeu Philippe Wajdenbaum, chegando ao hebreus e aos povos do crescente fértil (Mesopotâmia) por volta de 3.500 a.C.

A sistemática estrutural da Cabala obedece à forma do pensamento universal, usando para isso uma linguagem simbólica  concreta para a expressão do abstrato e transcendente, de acordo com a teoria dos arquétipos de Jung. O simbolismo consiste na linguagem comum da humanidade, como o é também dos “Deuses”.

Os princípios cabalísticos sempre foram expressos de forma codificada através dos símbolos, das cosmogonias, dos mitos, folclores e fábulas do mundo inteiro. Todo o panteão de divindades representam na verdade um conjunto de personalidades inerentes ao ser humano, ou seja, todos os “deuses” encontram-se dentro de cada um de nós e se manifestam de acordo com às variantes de personalidades.

Estudar a Cabala significa estudar a história das nossas origens ancestrais e o seu desenvolvimento ao longo das eras, respeitando os pressupostos das verdades de cada época. Os princípios foram, são e continuam sendo os mesmos, porém,  o que varia são apenas os contextos culturais de cada época dentro de cada grupo.

As religiões antigas e as Escolas de Mistérios preservaram esses conhecimentos de forma oculta, restrita apenas a uma pequena classe de adeptos devidamente aptos a receber esses ensinamentos, chamados no esoterismo de Iniciados ou Neófitos, restando ao povo apenas uma religiosidade superficial pautada em rituais, cerimônias e observâncias.

Segundo o Sefer Yetzirah, o Livro da Formação, a Cabala é mais antiga do que a humanidade, sendo essa a própria revelação e manifestação da vontade divina para o desenvolvimento do universo em todas as suas dimensões.

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