Por Kadu Santoro
A Cabala consiste no mais antigo
ramo do esoterismo universal. Encontramos as provas dessa universalidade no
Egito, na Índia, na China, nas nações semíticas do oriente médio, entre os
gregos e romanos, assim como nos povos ameríndios da América Central e até nas
ilhas do Pacífico. Essas evidências nos levam à hipótese de que a Cabala devia
ser praticada pelos habitantes da antiga civilização da Atlântida, e através
deles essa cultura teria sido disseminada aos quatro cantos do mundo pelo mar,
como na hipótese dos argonautas do deserto defendida pelo pesquisador judeu
Philippe Wajdenbaum, chegando ao hebreus e aos povos do crescente fértil
(Mesopotâmia) por volta de 3.500 a.C.
A sistemática estrutural da
Cabala obedece à forma do pensamento universal, usando para isso uma linguagem
simbólica concreta para a expressão do
abstrato e transcendente, de acordo com a teoria dos arquétipos de Jung. O
simbolismo consiste na linguagem comum da humanidade, como o é também dos “Deuses”.
Os princípios cabalísticos sempre
foram expressos de forma codificada através dos símbolos, das cosmogonias, dos
mitos, folclores e fábulas do mundo inteiro. Todo o panteão de divindades
representam na verdade um conjunto de personalidades inerentes ao ser humano,
ou seja, todos os “deuses” encontram-se dentro de cada um de nós e se
manifestam de acordo com às variantes de personalidades.
Estudar a Cabala significa
estudar a história das nossas origens ancestrais e o seu desenvolvimento ao
longo das eras, respeitando os pressupostos das verdades de cada época. Os
princípios foram, são e continuam sendo os mesmos, porém, o que varia são apenas os contextos culturais
de cada época dentro de cada grupo.
As religiões antigas e as Escolas
de Mistérios preservaram esses conhecimentos de forma oculta, restrita apenas a
uma pequena classe de adeptos devidamente aptos a receber esses ensinamentos,
chamados no esoterismo de Iniciados ou Neófitos, restando ao povo apenas uma
religiosidade superficial pautada em rituais, cerimônias e observâncias.
Segundo o Sefer Yetzirah, o Livro
da Formação, a Cabala é mais antiga do que a humanidade, sendo essa a própria
revelação e manifestação da vontade divina para o desenvolvimento do universo
em todas as suas dimensões.
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