Por
Kadu Santoro
A palavra Páscoa é traduzida do
hebraico Pessach - פסח, que significa “passar sobre” ou “saltar por cima”. Essa palavra assim
como a sua celebração festiva apontam para o evento teológico onde Deus
libertou o seu povo, ou seja, os hebreus do cativeiro egípcio, que durou por
430 anos. No livro do Êxodo, no capítulo 12.1-28, encontramos a instituição
desta festa, celebrando quando Deus, executando o seu juízo, envia ao Egito a
décima praga, fazendo com que todos os primogênitos da terra fossem
exterminados. Porém, quanto aos hebreus, Deus os orienta a imolar um cordeiro e
aspergir seu sangue nos umbrais das portas, para que quando o anjo exterminador
viesse, reconhece-se o sinal de que aquela casa deveria ser poupada do juízo
divino. Logo o significado teológico de pessach
segundo o Antigo Testamento representa que Deus passou por cima das casas dos
hebreus no Egito, quando feriu os egípcios (Ex. 12.27).
No Novo Testamento, João Batista
chama Jesus de o Cordeiro de Deus, ou em latim agnus dei (Jo. 1.29), apontando para o sacrifício vicário que Ele
viria passar, e também o apóstolo Paulo o chama de Cordeiro Pascal (ICo. 5.7).
Para os cristãos não há outro cordeiro, somente Ele foi escolhido e enviado
pelo Pai para sacrificar-se por nós.
As relações entre as páscoas judaica
e cristã são complementares, pois a primeira é baseada na promessa e a segunda
no cumprimento desta, encerrando assim a grande história da salvação. É uma
questão de entendimento de que o sentido completo da festa judaica só ocorre na
plenitude dos tempos no advento de Jesus Cristo em seu quádruplo ministério
terreno - nascimento, paixão, morte e ressurreição.
A
páscoa do Antigo Testamento marcou o início de uma saída do regime de
escravidão; de fato, era o poder divino por detrás dessa libertação. Assim, do
mesmo modo, em Jesus Cristo encontramos um êxodo a percorrer, que nos convida à
libertação do velho homem escravo do pecado e da concupiscência. O êxodo
judaico teve sua importância dentro da história da salvação (heilgeschichte), pois libertou um povo
inteiro da servidão física, porém, o êxodo cristão ofereceu a todos os homens a
libertação do pecado, bem como a outorgou do Reino da Luz, onde pela Lei, ou
antiga aliança (Berit) seria
impossível.
Confira na tabela abaixo as relações entre as
páscoas judaica e cristã:
interessante artigo sobre a pascoa crista e judaica. Muitos fiéis q eu conheço nem sabem seu significado e finalidde.
ResponderExcluirGostaria de saber se vc conhece a obra do escritor carlos castãneda, se é credivel ficticio ou é os dois.
Qual seria um dos melhores livros de castaneda, de preferencia um q aborda temas sobre 'universos paralelos. Ajudaria se indicasse , obrigado .....abrços
Caro Everaldo, obrigado pelo seu elogio. Quanto a obra de Carlos Castañeda, ele se enveredou para o estudo teórico e prática xamânica, sua obra é interessante, pois ele foi a campo estudar e pesquisar junto aos mestres do xamanismo tolteca no México e América Central. seu trabalho merece credibilidade e respeito, inclusive, para vc saber um pouco mais a respeito de seu pensamento e obras, segue aqui o endereço de um artigo postado aqui no meu blog: http://jornaldespertar.blogspot.com.br/2010/02/carlos-castaneda-o-filosofo-xamanista.html
ExcluirUm forte abraço e paz profunda,
Kadu Santoro