Por
Kadu Santoro
Quase
todos os povos da antiguidade possuíam um nome para a deidade composto por
quatro letras, pois consideravam o número quatro como divino, conforme
relacionado abaixo:
ATUM
- EGÍPCIO
AMON
- EGÍPCIO
DEUS
- CRISTÃO
YHWH
- HEBREU
ALLA
- ÁRABES
ZEUS
- GREGOS
ADAD
- ASSÍRIOS
AURA
- PERSAS
TARO
- SÁBIOS DA ÍNDIA
THMD
- ENTRE OS MAGOS
GOTT
- ALEMÃO
DIEU
- FRANCÊS
IEVO
- EM SANCHONIATHON
IAOU
- EM CLEMENTE DE ALEXANDRIA
AGLA
- O NOME DE PODER RABÍNICO
TORÁ
- A PALAVRA DE DEUS DOS HEBREUS
AMOR
- A MAIOR EXPRESSÃO DO UNIVERSO
São
inúmeras associações com o número quatro, vamos ver algumas:
Enquanto
o número três consiste na manifestação, o quatro é o número da realização.
Na
Árvore da Vida, corresponde à quarta sefirot, Chesed, que significa
misericórdia, por isso os nomes de Deus possuem quatro letras, pois só Ele é
Misericordioso, como diz no segundo menor versículo da Bíblia, no Novo
Testamento, que Deus é Amor, e ainda são quatro os Evangelhos: Mateus, Marcos,
Lucas e João; quatro os cavalheiros do Apocalipse, os quatro animais
consagrados na visão do Profeta Ezequiel: leão, águia, homem e o bezerro;
quatro arcanjos: Miguel, Gabriel, Uriel e Rafael; quatro rios do Éden: Gion,
Pison, Tigre e Eufrates.
Na
ciência, fundamentalmente no campo da física, o universo é regido por quatro
forças: força gravitacional, força eletromagnética, força nuclear forte e força
nuclear fraca, assim como os antigos gregos já falavam sobre os quatro
elementos constitutivos do universo: fogo, ar, água e terra; quatro elementos
da metafísica: ser, essência, virtude e ação; Plutarco fala do quaternário
duplo: quatro do mundo intelectual: T’agathon, Nous, Psyche e Hyle, ou seja,
Suprema Sabedoria: Bondade, mente, alma e matéria, e quatro do mundo sensível
formado o Cosmos: Terra, Fogo, Água e Ar; As célebres quatro causas de
Aristóteles: A divindade como causa, a matéria, a forma e o efeito com
referência ao qual.
Na
matemática, encontramos as quatro operações numéricas responsáveis por toda a
engenharia do universo físico: adição, subtração, multiplicação e divisão.
Na
Cabala o número quatro representa os quatro mundos: Atziluth (emanção), Briah
(criação). Yetzirah (formação) e Assiah (ação), as quatro letras do
Tetragramaton IHWH, o Pardes – quatro níveis de interpretação das Escrituras
Sagradas.
Na
natureza encontramos as quatro estações do ano: primavera, verão, outono e
inverno; um mês formado por quatro semanas e um ano que divido por três dá
quatro meses; A Terra foi formada no quarto dia da criação conforme o livro do
Gênesis; segundo os gnósticos, todo o edifício se descansava sobre quatro
bases: verdade, inteligência, silêncio e sentimento; são quatro as estações da
lua: crescente, minguante, nova e cheia.
No
Alfabeto Hebraico, a quarta letra é DALET, que possui três significados
distintos porém complementares cabalisticamente falando: Pobre, Porta e o verbo
Levanta. A convergência desses três significados ocorre quando cada indivíduo
percebe-se o quanto ele é POBRE, não no sentido financeiro, mas que tudo o que
ele “possui”, pertence a Deus. Deus foi bom o suficiente para nos dar o dom da
vida. Também nos deu o suficiente para o sustento, e sem Ele nada somos. O
reconhecimento disto é a PORTA para a câmara de Deus. E uma vez que tenhamos
entrado nesta câmara, Deus nos LEVANTARÁ (dilitani
em aramaico). Se colocarmos essa frase ao contrário, podemos dizer da
seguinte forma: Dilitani – “Porque
Deus me eleva, Eu louvo a Ele. “Nesta expressão, Deus me eleva dando-me o
talento para ser produtivo. Isso me permite louvar a Ele a partir de um nível
mais elevado e não como ordinariamente fazem em muitas igrejas, louvando a Deus
com a boca e colocando as mãos em seu “bolso”.
Também
encontramos quatro expressões de redenção na Torá, quando Deus livrou o povo da
escravidão (ignorância) do Egito: “Eu vos tirarei”; “Eu vos salvei”; “Eu vos
redimirei” e “Eu vos tomarei par Mim como nação.”
Quatro
qualidades sensoriais: frio, quente, seco e úmido; No campo da magia
encontramos os quatro elementais da natureza: Silfos (Ar), Salamandras (Fogo),
Ondinas (Água) e Elfos ou Gnomos (Terra); os quatro pontos cardeais: Norte,
Sul, Leste e Oeste.
Ainda
na Cabala, conforme o Talmude só quatro homens entraram no Paraíso (PARDES, o
Jardim da Santidade); isto significava o estado de comunhão suprema com Deus, a
Visão Beatífica, mediante profunda abstração da mente. Eles foram os Rabis Ben
Azai, Ben Zoma, Asher e Akiva; o número quatro também está relacionado na
Cabala à Jacó, o luminar menor, que é a Lua. Jacó se escrevia IOQB, e suas
iniciais são as dos nomes IUTZR, o Formador; OUShH, o Fazedor; QUNA, o
Possuidor; e BVRA, o Criador. Veja no Profeta Amós 7:2, onde ele chama Jacó de
“pequeno”.
Sendo
o número quatro o complemento do grupo quaternário de ponto, linha, superfície
e corpo, tem também este caráter segundo o qual seus elementos 1, 2, 3, e 4,
quando somados, são iguais a 10, número tão perfeito que, para ir além,
precisamos voltar à mônada, ou seja o Um Absoluto.
Poderia
ficar aqui por muito tempo, mas deixo para uma nova explanação a curiosidade do
número cinco e suas “coincidências”, como por exemplo o número dos avatares,
enviados de Deus:
ADÃO
= 5 LETRAS
JESUS
= 5 LETRAS
HORUS
= 5 LETRAS
MITRA
= 5 LETRAS
APOLO
= 5 LETRAS
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