domingo, 4 de novembro de 2018

OS MISTÉRIOS DO QUATERNÁRIO OU TÉTRADA NA CABALA

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Por Kadu Santoro

Quase todos os povos da antiguidade possuíam um nome para a deidade composto por quatro letras, pois consideravam o número quatro como divino, conforme relacionado abaixo:

ATUM - EGÍPCIO
AMON - EGÍPCIO
DEUS - CRISTÃO
YHWH - HEBREU
ALLA - ÁRABES
ZEUS - GREGOS
ADAD - ASSÍRIOS
AURA - PERSAS
TARO - SÁBIOS DA ÍNDIA
THMD - ENTRE OS MAGOS
GOTT - ALEMÃO
DIEU - FRANCÊS
IEVO - EM SANCHONIATHON
IAOU - EM CLEMENTE DE ALEXANDRIA
AGLA - O NOME DE PODER RABÍNICO
TORÁ - A PALAVRA DE DEUS DOS HEBREUS
AMOR - A MAIOR EXPRESSÃO DO UNIVERSO

São inúmeras associações com o número quatro, vamos ver algumas:

Enquanto o número três consiste na manifestação, o quatro é o número da realização.
Na Árvore da Vida, corresponde à quarta sefirot, Chesed, que significa misericórdia, por isso os nomes de Deus possuem quatro letras, pois só Ele é Misericordioso, como diz no segundo menor versículo da Bíblia, no Novo Testamento, que Deus é Amor, e ainda são quatro os Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João; quatro os cavalheiros do Apocalipse, os quatro animais consagrados na visão do Profeta Ezequiel: leão, águia, homem e o bezerro; quatro arcanjos: Miguel, Gabriel, Uriel e Rafael; quatro rios do Éden: Gion, Pison, Tigre e Eufrates.

Na ciência, fundamentalmente no campo da física, o universo é regido por quatro forças: força gravitacional, força eletromagnética, força nuclear forte e força nuclear fraca, assim como os antigos gregos já falavam sobre os quatro elementos constitutivos do universo: fogo, ar, água e terra; quatro elementos da metafísica: ser, essência, virtude e ação; Plutarco fala do quaternário duplo: quatro do mundo intelectual: T’agathon, Nous, Psyche e Hyle, ou seja, Suprema Sabedoria: Bondade, mente, alma e matéria, e quatro do mundo sensível formado o Cosmos: Terra, Fogo, Água e Ar; As célebres quatro causas de Aristóteles: A divindade como causa, a matéria, a forma e o efeito com referência ao qual.

Na matemática, encontramos as quatro operações numéricas responsáveis por toda a engenharia do universo físico: adição, subtração, multiplicação e divisão.
Na Cabala o número quatro representa os quatro mundos: Atziluth (emanção), Briah (criação). Yetzirah (formação) e Assiah (ação), as quatro letras do Tetragramaton IHWH, o Pardes – quatro níveis de interpretação das Escrituras Sagradas.

Na natureza encontramos as quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno; um mês formado por quatro semanas e um ano que divido por três dá quatro meses; A Terra foi formada no quarto dia da criação conforme o livro do Gênesis; segundo os gnósticos, todo o edifício se descansava sobre quatro bases: verdade, inteligência, silêncio e sentimento; são quatro as estações da lua: crescente, minguante, nova e cheia.

No Alfabeto Hebraico, a quarta letra é DALET, que possui três significados distintos porém complementares cabalisticamente falando: Pobre, Porta e o verbo Levanta. A convergência desses três significados ocorre quando cada indivíduo percebe-se o quanto ele é POBRE, não no sentido financeiro, mas que tudo o que ele “possui”, pertence a Deus. Deus foi bom o suficiente para nos dar o dom da vida. Também nos deu o suficiente para o sustento, e sem Ele nada somos. O reconhecimento disto é a PORTA para a câmara de Deus. E uma vez que tenhamos entrado nesta câmara, Deus nos LEVANTARÁ (dilitani em aramaico). Se colocarmos essa frase ao contrário, podemos dizer da seguinte forma: Dilitani – “Porque Deus me eleva, Eu louvo a Ele. “Nesta expressão, Deus me eleva dando-me o talento para ser produtivo. Isso me permite louvar a Ele a partir de um nível mais elevado e não como ordinariamente fazem em muitas igrejas, louvando a Deus com a boca e colocando as mãos em seu “bolso”.

Também encontramos quatro expressões de redenção na Torá, quando Deus livrou o povo da escravidão (ignorância) do Egito: “Eu vos tirarei”; “Eu vos salvei”; “Eu vos redimirei” e “Eu vos tomarei par Mim como nação.”

Quatro qualidades sensoriais: frio, quente, seco e úmido; No campo da magia encontramos os quatro elementais da natureza: Silfos (Ar), Salamandras (Fogo), Ondinas (Água) e Elfos ou Gnomos (Terra); os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste.

Ainda na Cabala, conforme o Talmude só quatro homens entraram no Paraíso (PARDES, o Jardim da Santidade); isto significava o estado de comunhão suprema com Deus, a Visão Beatífica, mediante profunda abstração da mente. Eles foram os Rabis Ben Azai, Ben Zoma, Asher e Akiva; o número quatro também está relacionado na Cabala à Jacó, o luminar menor, que é a Lua. Jacó se escrevia IOQB, e suas iniciais são as dos nomes IUTZR, o Formador; OUShH, o Fazedor; QUNA, o Possuidor; e BVRA, o Criador. Veja no Profeta Amós 7:2, onde ele chama Jacó de “pequeno”.

Sendo o número quatro o complemento do grupo quaternário de ponto, linha, superfície e corpo, tem também este caráter segundo o qual seus elementos 1, 2, 3, e 4, quando somados, são iguais a 10, número tão perfeito que, para ir além, precisamos voltar à mônada, ou seja o Um Absoluto.

Poderia ficar aqui por muito tempo, mas deixo para uma nova explanação a curiosidade do número cinco e suas “coincidências”, como por exemplo o número dos avatares, enviados de Deus:

ADÃO = 5 LETRAS
JESUS = 5 LETRAS
HORUS = 5 LETRAS
MITRA = 5 LETRAS
APOLO = 5 LETRAS


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