Por Kadu Santoro
A Kabbalah é uma das mais poderosas ferramentas para o autoconhecimento,
pois conduz o homem ao seu status quo divino esquecido, lembrando que somos a
imago dei (imagem e semelhança de Deus). Durante milênios esse conhecimento de
ordem profundamente esotérica fico confinado nas mãos de poucos (sacerdotes,
padres e místicos de várias culturas), dando-lhes poderes para controlar as
sociedades ao seu bem querer, não permitindo que os indivíduos possam pensar
por si próprios e assim evoluírem e libertarem-se dos dogmas, crendices e
superstições. O pior é que ainda hoje, há muitos manipulando as pessoas com
ensinamentos pseudo-cabalísticos, utilizando-os como práticas religiosas e
"receitas milagrosas" em cima de tais conhecimentos, que na verdade
são simples e complexos ao mesmo tempo, tendo como principal objetivo o Tikun
(conserto ou reparação) do indivíduo.
Como Freud já dizia: "As pessoas não querem crescer e amadurecer,
pois isso requer responsabilidade." A humanidade em seu estágio atual,
encontra-se "infantilizada", no sentido de uma busca por maior
compreensão de si mesmo, e com isso, torna-se vulnerável nas mãos dos guias e
gurus modernos, que atribuem como responsáveis por todos os seus problemas
forças externas, ocultas, demoníacas entre outras crendices, embora sabemos que
isso também faz parte do processo, porém, o que falta é esclarecimento,
discernimento, reflexão e meditação sobre o sentido da vida e o si mesmo.
E se tratando desse conhecer a si mesmo, é que a Kabbalah entra em cena,
através de um conjunto poderoso de informações teóricas e práticas capazes de
conduzir o indivíduo a um despertar profundo da consciência e assim passar a
enxergar a vida de outra forma totalmente diferente e muito mais madura, e além
disso, vai proporcionando ao indivíduo uma ascensão espiritual, como é dito na
antiga Lei Hermética da Correspondência: "O que está em cima é como o que
está em baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima."
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