terça-feira, 30 de agosto de 2016

7 etapas para um aprofundamento nos estudos da Cabala



Por Kadu Santoro

Levando em consideração que os ensinamentos cabalísticos consistem na ciência maior do Ser e do universo, que constitui a base real de todo o processo iniciático do peregrino tanto no ocidente quanto no oriente aos mistérios ocultados e pelas religiões dominantes, segue abaixo uma relação com essas etapas, que consiste nas fontes que devem ser estudas, lembando que antes de qualquer estudo, é necessário a prática da meditação, do encontro interior com si mesmo, no silêncio, pois assim, todo o resto de informações serão revelados através de insights e intuições.

1º. As dez sephiroths e suas aplicações à manifestação divina;

2º. As 22 letras hebraicas (não levando em consideração traduções e nem a literalidade), seu nome, lugar, número, iconografia e hieróglifos correspondentes com o alfabeto tradicional;

3º. Os Schemoth ou nomes divinos, que constituem a alma das sephiroths consideradas como virtudes divinas;

4º. A partir desses três primeiros pontos, é útil e indispensável o estudo do livro da formação, chave analógica da Lei da Vida ou Sepher Yetzirah;

5º. É então que se poderá compreender, inicialmente nos tratados de Agrippa (Filosofia Oculta, 2º. Vol.) e, em seguida, nos clássicos, a arte das transposições ou Ghematria, a arte da determinação do caráter dos signos ou Notaricon, e finalmente, a arte das comutações e combinações ou Themurah;

6º. Esses estudos preparatórios são pré requisitos para se abordar com resultados promissores a leitura do livro mais misterioso, que é o Livro da Luz ou também chamado Livro do Esplendor ou ainda do Carro Celeste, O Zohar, que nos inicia nos mistérios da fisiologia dos Universos pelo homem Celeste e da constituição de Adão Kadmon;

7º. Finalmente a importância dos estudos das obras do grande cabalista cristão Eliphas Levi, e também as de Louis Michel de Figanières (Chave da Vida Universal), são particularmente indicadas a título de comentários e de resumo de todos os ensinamentos.

Após essa longa e árdua jornada de estudos, podemos perceber porque o estudo da Cabala foi sempre considerado como um dos mais belos esforços ao qual se pode consagrar a inteligência e a espiritualidade humana.

“Nosso dever é entender a Kabala de maneira inteligente, não apenas como uma questão de fé. Temos que ter o consentimento do nosso próprio raciocínio.”
Rabi M. Chaim Luzzato


Fonte: A Cabala / Papus: Tradução Sociedade das Ciências Antigas: Revisão da tradução Mônica Stahel M. da Silva - São Paulo: Martins Fontes: Sociedade das Ciências Antigas, 1988.

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