Por Kadu Santoro
Levando em consideração que os ensinamentos cabalísticos consistem na ciência maior do Ser e do universo, que constitui a base real de todo o processo iniciático do peregrino tanto no ocidente quanto no oriente aos mistérios ocultados e pelas religiões dominantes, segue abaixo uma relação com essas etapas, que consiste nas fontes que devem ser estudas, lembando que antes de qualquer estudo, é necessário a prática da meditação, do encontro interior com si mesmo, no silêncio, pois assim, todo o resto de informações serão revelados através de insights e intuições.
1º. As dez sephiroths e suas aplicações à manifestação divina;
2º. As 22 letras hebraicas (não levando em consideração traduções e nem a literalidade), seu nome, lugar, número, iconografia e hieróglifos correspondentes com o alfabeto tradicional;
3º. Os Schemoth ou nomes divinos, que constituem a alma das sephiroths consideradas como virtudes divinas;
4º. A partir desses três primeiros pontos, é útil e indispensável o estudo do livro da formação, chave analógica da Lei da Vida ou Sepher Yetzirah;
5º. É então que se poderá compreender, inicialmente nos tratados de Agrippa (Filosofia Oculta, 2º. Vol.) e, em seguida, nos clássicos, a arte das transposições ou Ghematria, a arte da determinação do caráter dos signos ou Notaricon, e finalmente, a arte das comutações e combinações ou Themurah;
6º. Esses estudos preparatórios são pré requisitos para se abordar com resultados promissores a leitura do livro mais misterioso, que é o Livro da Luz ou também chamado Livro do Esplendor ou ainda do Carro Celeste, O Zohar, que nos inicia nos mistérios da fisiologia dos Universos pelo homem Celeste e da constituição de Adão Kadmon;
7º. Finalmente a importância dos estudos das obras do grande cabalista cristão Eliphas Levi, e também as de Louis Michel de Figanières (Chave da Vida Universal), são particularmente indicadas a título de comentários e de resumo de todos os ensinamentos.
Após essa longa e árdua jornada de estudos, podemos perceber porque o estudo da Cabala foi sempre considerado como um dos mais belos esforços ao qual se pode consagrar a inteligência e a espiritualidade humana.
“Nosso dever é entender a Kabala de maneira inteligente, não apenas como uma questão de fé. Temos que ter o consentimento do nosso próprio raciocínio.”
Rabi M. Chaim Luzzato
Fonte: A Cabala / Papus: Tradução Sociedade das Ciências Antigas: Revisão da tradução Mônica Stahel M. da Silva - São Paulo: Martins Fontes: Sociedade das Ciências Antigas, 1988.
Nenhum comentário:
Postar um comentário