segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

PREVISÕES CABALÍSTICAS PARA 2017


Por Kadu Santoro

Segundo o calendário gregoriano ocidental, estamos entrando no ano de 2017 da era cristã. Analisando cabalisticamente essa data, através da gematria, temos a seguinte equação: 2017 = 2+1+7=10. Na Árvore da Vida, o número 10 representa a sephira Malkuth, o Reino, local onde nos encontramos densificados. Saímos de 2016 que era 9 (2+1=6=9), Yesod na Árvore da Vida, o Fundamento, ou seja, a preparação para a entrada na terra prometida, o Reino que encontra-se dentro de nós, a vereda interior, logo, estamos entrando numa nova dimensão em 2017, a dimensão do Reino (10), onde esse caminho é também chamado de Inteligência Resplandecente, tendo sua sede em Binah (Compreensão), iluminando o fogo de todas as luzes e emana o poder do princípio das formas, ou seja, a concretização em Malkuth. O lema da lei de três regente em 2017 será estabilidade, unidade e harmonia.

O número 10 consiste no mundo das necessidades, sempre recebendo sem se tornar mais. É o único ramo da Árvore da Vida que tem a característica de acolher e absorver todos os seus poderes única e constantemente dos outros nove ramos acima.

No último ramo da Árvore da Vida, tudo se inter-relaciona e é interdependente dentro da estrutura dos quatro elementos primordiais da vida. Aqui, os poderes inerentes ao Fogo, a Água e o Ar misturam-se com o “pó”, formando o quarto elemento, a Terra.

Para os místicos, o número 10 possui significado especial. Com o décimo ramo da Árvore da Vida, a década de números confirma que os números 1 e 10 são de fato semelhantes. Lembrando do axioma hermético: “Assim como é em cima, da mesma forma é em baixo”... O Um está no Dez, e o Dez encontra-se no Um.

Segundo a Cabala, podemos dizer que esse ano de 2017, é o ano do estabelecimento do Reino, porém, do Reino Interior, da vereda dos Justos (Tzadik), de uma grande transformação da consciência planetária, uma oportunidade para que a humanidade volte-se mais para dentro de si (a terra prometida), o despertar do re-ligare interior, pois estamos no romper da era (Ion) do dia, onde devemos tomar posse das nossas responsabilidades, não culpando mais ninguém pelos nossos fracassos e desprazeres. Será um ano de despertar da maturidade, tanto psicológica quanto espiritual, onde os homens não necessitaram mais dos modelos religiosos já ultrapassados, dos “ismos” predominantes na era da noite, e sim, de um encontro íntimo com o Eu Superior, a nossa Centelha Divina que habita em nós, a comunhão com o Uno.

Segundo a Cabala Astrológica, o ano de 2017 será regido por Saturno. O planeta Saturno é um dos corpos celestes mais incompreendidos e temidos da simbologia astrológica, porque representa tudo aquilo que diz respeito à nossa responsabilidade e às nossas obrigações, conosco e com a sociedade em que vivemos. Ele é considerado como o princípio organizador da vida, logo, crescimento e amadurecimento serão cobrados nesse período. Embora Saturno gere certo temor, devemos olhar para ele como um mestre ancião, como um portador da sabedoria e ponderação, virtudes que não é comum ser encontrada nos outros planetas do panteão astrológico.



Em suma, o que Saturno cobrará de nós, é que sejamos mais sábios e maduros diante à vida, mais responsáveis e conscientes diante às grandes e significativas mudanças que irão ocorrer nesse ano de 2017. Ele nos ajudará a descobrir nossa capacidade de perseverança diante dos desafios, de forma que possamos concretizar nossas metas e objetivos, e sobretudo, assumirmos nossas responsabilidades conosco e com o nosso próximo, com muita astúcia, determinação e coragem. Chegou a hora da humanidade sair da condição infantilizada e medíocre em que se encontra, pois caso contrário, estaremos cavando a nossa própria sepultura e assim seremos excluídos da Árvore da Vida.

domingo, 1 de janeiro de 2017

FELIZ AGORA!



Por Kadu Santoro

Não há ano novo nem ano velho, muito menos o conceito de tempo, pois só existe o agora, o resto são convenções humanas que contribuem para o nosso estado de "sono", que nos mantém presos a tarefas a qual somos condicionados cotidianamente e gerenciadas pelo nosso ego. Inclusive tudo o que escrevi nessas primeiras linhas já não existem mais, pois assim é o pensamento, a mente, mente o tempo todo e quer nos ocupar, com a falsa ilusão que temos que estar sempre em movimento, fazendo algo, e assim, não sobra tempo para sermos quem realmente somos, não há espaço para o silêncio, para a essência, a lembrança de si, o encontro com o nosso Eu Superior. Neste aspecto os orientais tem muito a nos ensinar, pois eles não se ocupam com os por quês e os para quês, apenas vivem o processo em inteira comunhão com as leis da natureza, observando e contemplando tudo o que fazem, colocando a atenção plena desde as pequenas coisas até as grandes, enquanto isso, aqui, na nossa geração pós industrial e consumista, vivemos ocupando todo o nosso tempo em função do "ter", ao invés do "Ser", e isso tem gerado um estado de ansiedade e depressão global no ocidente, pois tudo aqui é feito para fora, para o exterior, e não para si, para o seu interior mais íntimo. Até no campo da espiritualidade ocidental, a religião é uma instituição pragmática, voltada para o ter, para prosperidade, onde seus adeptos vivem preocupados com a forma e não com a essência das mensagens dos grandes mestres espirituais, que por sinal, pregaram totalmente o contrário, a libertação do ego e do desejo para que possamos despertar para um nível consciencial mais elevado, como disse Jesus: meu reino não é desse mundo e ele encontra-se dentro de nós. Logo, uma virada de data, não é motivo para comemoração, essa comemoração deve ser a todo momento, em todo instante, como expressão de gratidão à luz eterna, por mais um agora, e assim por diante, pois só existe o agora. Outra grande diferença no conceito de tempo, é que no oriente, o tempo é cíclico, permitindo sempre a possibilidade de um novo evento, como dizia Jung em sua teoria da sincronicidade, enquanto no ocidente, o conceito de tempo foi cristalizado de forma linear, em passado, presente e futuro nos moldes hegelianos, onde ficamos aprisionados, condenados pelo passado e ansiosos pelo futuro, de forma teológica que só temos essa oportunidade, pois após esse "tempo" só nos restará queimar na eternidade ou viver adorando a Deus por ela. Infelizmente esses conceitos absurdos ainda vivem assombrando as pessoas, e com isso, vivem com medo, deixando de viver o agora, preocupados com esse terrorismo teológico. Para finalizar, deixo uma mensagem de que todos possam ser livres seja em que tempo for, livres para viverem consigo mesmos, livres de toda forma aprisionante de pensamentos, livres de crenças, livres do ego, livres dos juízos de valores, livres de tudo aquilo que vos impedem de caminhar (passado) e lhes produzem ansiedade (futuro), pois só existe o agora, lembre-se sempre de si, proponha encontros com o seu Eu Superior durante o dia, pare por alguns minutos e procure lembrar de si, dessa porção vital que habita em ti que é imortal e encontra-se aprisionada nesse corpo denso, lembrando que despertando nossa consciência crística ou búdica, iremos evoluir para um corpo mais sutil, e assim por diante, até nos tornarmos luz pura. Esse é o processo, e depois de atingir essa iluminação, tudo começa do zero, como chamam os hindus, a noite e o dia de brahma, o símbolo do oito deitado, a condição cíclica do universo. Vivam o novo a cada instante, pois na frente não há nada, apenas projeções da mente, porém, devemos lembrar que nós não somos a nossa mente, e tudo o que ela produz é maya (ilusão), pois a verdade encontra-se além da nossa lógica, na experiência pessoal e intransferível, e não pode ser explicada, apenas vivenciada, e é nesses momentos que nos encontramos com a nossa porção imortal, o nosso verdadeiro Eu. Desejo a todos um FELIZ AGORA COM MUITA PAZ E LUZ!!!