sábado, 30 de abril de 2016

Essência da vida



Mostraram a Jesus um pedaço de ouro e disseram: Os agentes de César exigem de nós o pagamento do imposto. Respondeu ele: Dai a César o que é de César, e dai a Deus o que é de Deus – e dai a mim o que é meu.


A última frase é exclusiva do Evangelho de Tomé. Sendo o Cristo o Eu espiritual do homem, segue-se que devemos dar à nossa alma o que à alma compete. Isto todavia não impede que demos a César, ao ego humano, o que lhe pertence. O homem espiritual, que se interessa por seu Cristo interno não deixa de se interessar por seu ego externo, ele é um homem onilateral, e não um homem unilateral, nem espiritualista, nem materialista. Toda a vida terrestre de Jesus prova este espírito universalista, tanto assim que, com toda a sua espiritualidade, nunca desprezou as coisas materiais e sociais. Nem desdenhava o mundo mental e emocional. Tinha um amor especial por seu discípulo João e sua ardente discípula Maria de Magdala. Derramou lágrimas de amizade sobre o túmulo de Lázaro. Chorou lágrimas de patriotismo ao prever a próxima destruição da capital de seu país.


O homem cristificado é um homem integral: dá ao mundo o que é do mundo, dá a Deus o que é de Deus, e dá à sua alma o que é de sua alma.


Ensinamentos cabalísticos sobre a alma humana

O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, o Nefesh, Ruach, e Neshamah. O Nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza física e psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo; Seu desenvolvimento depende das ações e crenças do indivíduo. É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da alma é como mostrado a seguir:

Nefesh - “alma animal", é a alma humana em seu nível mais primário. Anima a existência dando-lhe força de vida, de movimento e propagação das espécies, também capacitando o homem a pensar, divagar e sonhar. A palavra deriva da raiz Nafash, que significa repouso, como no verso, "No sétimo dia, (D'us) cessou o trabalho e descansou (Nafash)" (Êxodo, 31:17).

Ruach - A alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal. que significa vento, é o Espírito, a "alma divina".

Neshamah - Literalmente "sopro", é a Respiração, a "alma superior", mais pura ainda. A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.




A Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar por um autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a Chayyah e a Yehidah. Gershom Scholem escreve que essas "eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estar ao alcance somente de alguns poucos".

Chayyah - Essência vivente. A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.

Yehidah - O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus.



Extraído do endereço: http://nemdeusesnemastronautas.blogspot.com.br/2013/04/essencia-da-vida.html





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