quarta-feira, 2 de março de 2016

A dolorosa busca da humanidade por Deus



Por Kadu Santoro

Apesar de nos encontramos imersos em uma pós modernidade fundamentada no ceticismo, estamos convencidos de que o homem moderno diante dessa esmagadora sociedade de consumo, hedonista e individualista, continua mesmo que inconscientemente buscar a Deus tanto de forma individual quanto coletiva.

Parece uma questão antagônica, quanto mais o homem moderno busca através dos meios exteriores os seus prazeres, satisfações e realizações, por outro lado percebemos uma enorme procura por literaturas e informações voltadas para temas relacionados à espiritualidade e religiosidade. Isso nos mostra o quanto o homem moderno encontra-se divido, fragmentado, perdido, cada vez mais longe de sua verdadeira essência. Podemos ressaltar isso diante da contestação dos jovens que, antes de serem totalmente anestesiados e sufocados pelo pesado fardo dos “haveres” e “deveres” impostos pelo sistema, urram sua fome de “ser” sem, muitas vezes, saberem o que querem ser, nem o que devem ser. É ainda no meio de toda essa neurose social, na mais total desordem, a revolta contra tudo que representa barreiras ao homem, em seu espírito, em seu corpo, assim como o desejo de se superar para alcançar um desabrochamento interior até agora desconhecido que é o despertar da consciência.

Eis que é chegada a “era da luz”. Estamos acordando de um estado letárgico que vem perdurando por séculos, e finalmente, seja de que forma for, tanto pelo amor quanto pela dor, a humanidade está próxima de dar um salto significativo, e haverá um grande despertamento global, uma nova consciência, totalmente nova, nada parecido com os antigos paradigmas de todos os setores da sociedade, seja religioso, social, moral, ético, educacional, psicológico, político, etc.

A partir desse grande despertamento, vamos centrar nossas vidas em um novo paradigma, o paradigma da consciência superior, do amor universal, do despertar para um novo modelo de espiritualidade, um novo ethos e uma sociedade, não mais pautada na competição e na disputa, e sim na partilha e na comunhão, onde a espiritualidade será vivida na práxis de uma moral mais elevada, longe dos velhos paradigmas voltados para a cultura do ter.

Os  centros desse novo paradigma será o amor universal e a ética do cuidado, ao contrário dos paradigmas do passado, pautados na destruição, usurpação e aniquilamento para atingir objetivos individualistas e egocêntricos, onde a natureza e a humanidade pagaram um alto preço por isso a ponto de colocarmos em risco máximo a nossa existência e todo o nosso planeta.


Essa aridez e fragmentação vivida pelo homem moderno em busca de Deus e um sentido para a vida, de suas origens e propósitos, será gradualmente restabelecida a partir do momento em que a humanidade começar a mergulhar para dentro si, entrar em contato com o seu Eu Superior, sua essência, sua parte imortal, logo o despertar da consciência acontecerá e assim a humanidade passará para um nível evolutivo mais elevado, proporcionando assim, o estabelecimento de uma novo modelo de sociedade mais justa e fraterna, guiada pela força do amor maior que emana do Cristo cósmico, o grande regente do nosso sistema solar.

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