segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Polêmicas em torno do período intertestamentário


ANTES DO NOVO TESTAMENTO
Não é difícil perceber o quanto os contos e culturas de outros povos influenciaram os escritores da Bíblia.
Durante o Exílio na Babilônia em 586 a.C. os Judeus tiveram seu Templo destruído. Exilados na Babilônia tiveram mesmo assim sua crença tolerada e liberdade de culto. Mas sem terem a principal referência para devoção, eles iriam escrever a Bíblia para que servisse de instrumento de união para seu povo. Nelas, seus contos antigos e histórias de Reis juntamente com as lendas, mitos e leis da Mesopotâmia serviriam de inspiração para muitas de suas histórias bíblicas.

Entre a conquista e a influência grega na Judéia até a chegada de Jesus, entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento há um vácuo na história da Bíblia.
Nos tempos que se seguiram após o período dourado do Antigo Testamento, foi peixe grande engolindo peixe pequeno. Quando o rei Ciro da Pérsia conquista a Babilônia em 539 a.C. a Judéia se torna colônia da Persia de 538 a 332 a.C. e oprimidos pela Grécia que toma o império da Persia, de 332 a 141 a.C. Judéia se torna colônia Grega.
Neste período toda aquela região sofreria grande influência Grega, na maneira de pensar como Filosofia, e na maneira de cultuar deuses com sua mitologia, e na escrita e novamente o Império Romano conquista o Império Grego, e na Judéia com intervenção romana de Pompeu em 63 a.C. ganham mais um novo opressor.
Os Romanos não deixaram de cultuar os deuses gregos e de admirar sua filosofia.
OS BONS ENSINAMENTOS DA FILOSOFIA GREGA ANTES DE JESUS
Haviam filósofos que acreditavam ter as respostas para se alcançar a vida eterna, para entender Deus, para se relacionarem bem com o próximo e qual conduta de vida seguir.
Entre eles Sócrates o pai da Filosofia, foi acusado por algumas pessoas influentes na sociedade Grega que se incomodavam com sua maneira de ensinar, e sendo julgado preferiu morrer para que seus bons ensinamentos fossem reconhecidos.
Teve seu pensamento difundido por discípulos, entre eles Anthistenes de Atenas e o conhecidíssimo Platão.

Quatro séculos antes da "história de Jesus" ser narrada, Platão já questionava as narrativas alegóricas com a intenção de ensinamentos morais e que eram muito comuns àquela época :
“... quem é novo não é capaz de distinguir o que é alegórico do que não é.”
Do livro de Platão - República .
Não é difícil entender que esses contos alegóricos acabaram recebendo credibilidade como fato verídico e viraram religião.
A RELIGIÃO GREGA ANTES DE JESUS
O que para nós hoje, é MITOLOGIA, para os gregos era RELIGIÃO. e essas religiões influenciaram também o território que conquistaram, entre eles o da Judéia.
A história dos deuses nascem de contos alegóricos .
Haviam vários deuses adorados e que se acreditava, realizavam milagres fantásticos, não como os que se vê hoje em dia, mas sim milagres como ressuscitar mortos, ou curar doenças que hoje são facilmente resolvidas pela medicina moderna e haviam pessoas de carne e osso que se preocupavam em dar bons ensinamentos. Eis alguns :
DIONÍSIO (BACO)
Mito que também foi muito cultuado. Nascido por interferência do deus maior para os gregos no ventre de uma mulher. Como na imagem ao lado, também é figurado montado em cima de um jumentinho. Transformou água em vinho e o vinho era o seu sangue.

“... quem é novo não é capaz de distinguir o que é alegórico do que não é.”
Platão, século IV a.e.c.
ASCLÉPIO (ESCULÁPIO)
Cultuado como um ser bondoso que ressuscitou os mortos e curou os enfermos.
Tão respeitado foi seu culto, que até nos dias atuais, é reconhecido como ser mitológico mas apenas simboliza-se o seu cajado e a serpente enrolada nele como símbolo da Medicina moderna.

“... quem é novo não é capaz de distinguir o que é alegórico do que não é.”
Platão, século IV a.e.c.
ADÔNIS (DUMUZI, ADONAI, OU TAMUZ PARA OS SEMITAS)
Filho do incesto de um Pai (rei Téias ) enganado por sua filha (Smirna). Smirna é transformada em árvore pelos deuses, e da casca dessa árvore nasceu Adônis (Adonai que quer dizer Senhor em Aramaico, conhecido também por Tamuz)
Para dividir a companhia com as esposas Adônis morre no inverno descendo aos infernos (mundo Inferior) para juntar-se a Perséfone e ressuscita à Terra na primavera para juntar-se a Afrodite.

Com estações do ano bem definidas no hemisfério norte, a ressurreição dos deuses na primavera após um período de inverno rigoroso celebra a renovação da vida da semente "morta" que espera brotar do solo (descida ao inferno).
I Corintios 15, 35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e com que qualidade de corpo vêm?
Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.
E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente.
Isso nada mais é que um exemplo de alegoria Cristã copiado dos cultos pagãos do mesmo período.

Não seria demais lembrar que a primavera no hemisfério Norte se inicia no período que se comemora a Páscoa, a ressurreição do Cristo.
Período aproximado entre 593 a 571 a.C. no livro de Ezequiel 8:14 Então me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra.
Também me disse: Verás ainda maiores abominações que eles fazem.
Depois me levou à entrada da porta da casa do Senhor, que olha para o norte; e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando por Tamuz.
Tamuz hoje é apenas o quarto dos doze meses do calendário judaico. Tamuz dá início à estação" (tekufá) do verão.
Tamuz (ou Dumuzi - deus sol) é o filho do deus que na mitologia Suméria morreu, desceu ao inferno e ressuscitou.
Esse mito deu origem ao Persa Mitra (Sol Invictus adorado pelos Imperadores Romanos até o período de Constantino - Pode-se ler isso na figura ao lado) que nasceu em uma gruta, seu nascimento era comemorado dia 25 de dezembro (solstício de inverno naquela região), tinha discipulos, morreu e ressuscitou.
“... quem é novo não é capaz de distinguir o que é alegórico do que não é.”
Platão, século IV a.e.c.

Extraído do site
http://biblianua.vilabol.uol.com.br/

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